A livraria Wan Tat (adiante designada por Wan Tat) entrou em funcionamento há 37 anos, o que é muito raro em Macau. Ao longo dos anos, a Wan Tat tem explorado oportunidades de inovação e transformação, expandindo as suas actividades negociais e criando um espaço dedicado à leitura e à interação cultural para o público. Para Connie Yong, a gerente adjunta do departamento do livro, que trabalha na Wan Tat há mais de dez anos, a razão pela qual a Wan Tat consegue continuar a existir até hoje tem relação com a persistência do seu conceito empresarial e a boa qualidade de serviços.
A maior alegria é partilhar sinceramente boas coisas
Desde o início do seu funcionamento em 1981, a Wan Tat existe há dezenas de anos. Actualmente, Connie é responsável pela operação e demais assuntos das lojas da Taipa e de Macau. Segundo a gerente adjunta, “a Wan Tat foi criada quando o fundador era jovem, no início, o estabelecimento ficava num imóvel comprado por ele situado na Rua do Monte. Posteriormente, mudou-se para o actual local na Rua do Campo e estabeleceram-se três filiais, mas agora só se mantêm em actividade as duas situadas na Rua do Campo e na Taipa.”
Operando no sector de livros, a Wan Tat insiste em assegurar que os livros a vender representam as opiniões e posições da livraria. Connie considerou, “os livros fornecem-nos sempre conhecimentos valorosos e esperamos partilhá-los com leitores. Quando sabemos a preferência do cliente conhecido, recomendamos-lhe livros preferidos. Sentimo-nos muito felizes quando o cliente aceita a nossa recomendação.”
Aumentar o número de livros sobre temas sociais
Na altura em que a Wan Tat foi criada, não havia muitas livrarias em Macau e apenas poucas eram aquelas que vendiam livros destinados a estudantes. “Para satisfazer a necessidade de manuais, no início, a Wan Tat vendia principalmente livros escolares e adquiriu uma determinada quota de mercado. Contudo, após a transformação da livraria, a percentagem de manuais gradualmente decresceu e até hoje o valor de venda dos manuais e livros de exercícios representa nem metade da receita total da livraria”, disse Connie.
Desenvolvendo-se até aos dias de hoje, a Wan Tat, como uma livraria integrada, abrange uma variedade de livros. “Escolhemos os livros a colocar nas estantes conforme a tendência de desenvolvimento social e os temas quentes na altura. Nos últimos anos, temos colocado mais livros relacionados com o crescimento de crianças e a cultura turística para trazer experiência cultural aos leitores e atrair mais pessoas para a livraria”, referiu ela.
Colocar recursos para promover a atmosfera de leitura em Macau
Falando das características da sede na Rua do Campo e da filial na Taipa, Connie referiu que, “em comparação com o estilo tradicional da loja na Rua do Campo, o da loja na Taipa integra mais elementos de moda que se harmonizam com a cultura da comunidade em redor, parecendo mais jovem e criativo em termos de decoração e disposição, o segredo do sucesso reside no trabalho atencioso e no esforço de fazer sempre o melhor possível.”
Mencionou ainda que, “actualmente, o nosso trabalho principal é colocar recursos nas lojas. Queremos muito promover a atmosfera de leitura em Macau. Devemos mostrar o nosso próprio estilo mediante a criação do ambiente e a disposição dos artigos, de modo a que possa ressoar com o público-alvo e promover assim a atmosfera de leitura em Macau.”
Explorar a essência cultural e melhorar a experiência dos leitores
Para Connie, o actual impacto que os livros e revistas electrónicos têm sobre livrarias tradicionais é o resultado do avanço tecnológico e é uma transformação que deve ser aceite. “Temos procurado soluções para lidar com essa questão. Creio que, às vezes, as pessoas que visitam livrarias tradicionais não apenas compram livros, mas também pretendem aproveitar o espaço de leitura, ou trazer a si mesmo uma alegria derivada da comunicação cara-a-cara, e isto é o que as livrarias online nunca podem fornecer”, afirmou.
No futuro, a Wan Tat irá dar mais atenção à experiência dos leitores. Segundo Connie, “para os clientes que gostam da leitura, vamos explorar mais conteúdos ligados aos elementos culturais.” Paralelamente, pensa que a livraria não serve apenas como uma plataforma de partilha de livros, mas também partilha o espaço e os seus produtos e serviços, pelo que a diversificação de mercadorias e a adopção do modelo multi-funcional de operação serão uma das soluções para a transformação das livrarias tradicionais. No entanto, tendo em consideração o mercado pequeno de Macau e o custo de operação elevado, é relativamente difícil conquistar o sucesso, alertou.
